Coimbra Business School – Expande as instalações e lança Centro de Investigação

Depois de anos a esgotar todas as vagas na primeira fase de candidaturas e de registar sucessivos recordes de procura de mestrados, a escola de negócios de Coimbra vai ter um novo edifício para responder à procura de estudantes. Em ano de centenário, Pedro Costa, presidente da Coimbra Business School | ISCAC, anuncia um novo centro de investigação multidisciplinar dedicado às ciências empresariais.

O número de alunos tem vindo a aumentar? Há margem para continuar a crescer?
A elevada procura de licenciaturas, mestrados, pós-graduações, MBA’s e cursos breves tem exigido, ano após ano, uma dificílima gestão dos espaços e das salas de aula, condicionando o nosso crescimento. Finalmente foi possível definir, com a presidência do Politécnico de Coimbra, o projeto de arquitetura do novo edifício, o qual – para além de uma cantina e de uma biblioteca comuns à Coimbra Business School e à Escola Superior Agrária – incluirá um último piso com salas de aulas para o ISCAC, ligado ao nosso atual edifício. 
É uma obra que nos ajudará a ter margem para continuar a crescer e a responder, da melhor forma, à elevada procura da Coimbra Business School por parte dos estudantes: este ano voltámos a esgotar todas as vagas oferecidas na primeira fase de candidaturas ao ensino superior. Também nos mestrados registámos um record de procura. Para as 455 vagas nos seus 13 cursos de mestrado, a Coimbra Business School registou um total de 737 candidaturas. No que diz respeito ao mestrado em Gestão de Recursos Humanos, o curso com mais procura, houve 186 candidaturas para 25 vagas. 

Este ano lançaram uma nova licenciatura em Finanças e Contabilidade. Qual é a sua mais valia?
A Covid-19 trouxe uma nova realidade para as empresas que, mais do que nunca, precisam de se adaptar e avaliar potenciais oportunidades de investimento através de um forte planeamento e controlo financeiro. Esta licenciatura foi criada para preparar os futuros quadros das empresas nacionais para essa realidade, tornando-os capazes de garantir a sua sustentabilidade perante as adversidades que a crise económica irá impor. 

Neste momento, após os alunos terminarem os cursos, qual é a média de empregabilidade?
A nossa taxa de empregabilidade global à saída dos cursos é de 97%. A procura de licenciados em Informática de Gestão é, todos os anos, muito superior ao número de estudantes formados. A empregabilidade das licenciaturas nas áreas da Gestão e da Contabilidade ronda, ano após ano, os 100%. Nas outras áreas, a pressão da procura é um pouco menor, mas não temos nenhuma licenciatura com empregabilidade imediata inferior a 90%.

Em que aspetos a Coimbra Business School se diferencia das restantes Instituições?
O que a distingue é a forma como prepara quadros empresariais e executivos com capacidade para lidarem com os contextos difíceis que irão encontrar nas suas vidas profissionais.
A investigação que promovemos é conjugada com o ensino feito em contexto empresarial, com os estudantes a resolverem problemas concretos em organizações reais. Temos mais de 1000 protocolos com empresas, desenvolvendo, sempre que possível, formação em real contexto empresarial. Favorecemos, por isso, as dinâmicas individuais, a aprendizagem ativa, a autonomização do estudante para investigar ou para empreender, colocando-o no centro do processo educativo e do processo de investigação.  
Nas nossas licenciaturas são feitas auditorias reais. Os estudantes participam em processos de recrutamento reais. São chamados a desenhar, a implementar e a propor estratégias e aplicações informáticas úteis às empresas e aos seus gestores.

O ensino sofreu uma mudança significativa com a pandemia. Na sua opinião, o futuro ficará marcado pelo ensino presencial e digital?
Sem dúvida! Mas esse “mix” entre o ensino presencial e o digital terá de ser construído diariamente. Terá de ser uma combinação dinâmica e dialética. 
O ensino presencial não pode ser, de modo algum, descartado, porque sem ele não há experiência académica completa. Contudo, ninguém vai querer prescindir das inúmeras vantagens da digitalização: aulas gravadas e disponíveis a qualquer momento, novos modos de partilha de conteúdos, formas absolutamente inovadoras de ensinar, pesquisar e de tratar a informação.
As escolas que conseguirem desenhar melhor o seu próprio “mix”, serão as melhores escolas superiores do futuro. É nessa exigência, nessa corrida pela preferência dos alunos e dos empregadores, que a Coimbra Business School está empenhada.

A comemorar 100 anos marcados pelo sucesso de formar, ensinar e integrar os alunos no mercado de trabalho, quais são os próximos objetivos para esta instituição centenária?
O nosso caminho é produzir mais e melhor ciência! Só no meu mandato, a escola triplicou a sua produção científica, boa parte dela publicada em revistas internacionais de reconhecido mérito e com elevado Fator de Impacto.
Vamos lançar o CBS Research Centre – Centro de Investigação em Ciências Empresariais da Coimbra Business School. Depois de termos sido a primeira escola politécnica do país a criar uma comissão pró-doutoramentos, estamos agora a lançar um centro de investigação multidisciplinar focado na investigação científica multidisciplinar aplicada às necessidades da sociedade e das organizações públicas e privadas, estreitando parcerias com outras unidades de investigação nacionais e internacionais.
No próximo ciclo de avaliações da Fundação para a Ciência e Tecnologia contamos já estar em condições de ter uma avaliação que nos permita lançar doutoramentos.