Potencializar soluções na área da inteligência aérea

A Ghostysky é uma empresa especializada na gestão e implementação de projetos de drones que utiliza a evolução da tecnologia para criar novas soluções fidedignas para os clientes. Em entrevista à Revista Qualidade & Inovação, o CEO Bruno Simões revelou os objetivos futuros que ambiciona conquistar no mundo da inteligência aérea. 

Fale-nos um pouco da sua história.
Sou formado na área de Engenharia Informática e o meu percurso profissional está relacionado com as mais diversas áreas de IT, desde toda a parte de sistemas multinacionais até à parte de desenvolvimento de aplicações e gestão de equipas.
Em 2019, nasceu o projeto Ghostysky com o Portugal 2020. Eram áreas de interesse na parte de utilização de drones ou inteligência aérea no suporte e apoio para entidades. A minha ideia, com este projeto, passava pela capacidade que os drones, em termos aéreos, tinham em dar dados fiáveis, confiáveis e altamente precisos e que permitem às organizações ter uma grande vantagem competitiva, tanto no terreno, através de recursos humanos, como financeiros.
Quando iniciamos enquanto Ghostysky, o nosso foco principal eram os drones para espetáculos. Passado pouco tempo de termos começado a atividade, tivemos de trabalhar de forma remota devido à pandemia.

Com a chegada da pandemia, os drones para espetáculos deixaram de ser um serviço prioritário. Hoje em dia, quais são os serviços que mais se destacam na Ghostysky?
A empresa tem vários níveis de investimento e várias fases de implementação. A primeira seria a parte de drones para espetáculos. A segunda seria toda a parte de levantamentos e mapeamentos através de drones com uma abrangência muito maior em termos de atividades que passam pelo levantamento de precisão e levantamento multiespectral.
Trabalhamos em duas vertentes específicas: somos uma empresa de serviços mas somos parceiros locais de empresas internacionais.
Para além das duas fases, ainda existem mais duas que estão relacionadas com a implementação de parte do suporte robótico on the ground (no terreno), ou seja, maquinaria de robótica automática que também são suporte às próprias indústrias e ainda uma parte de inteligência aquática, mas já numa fase muito posterior.
O nosso foco é a implementação de soluções aéreas, nomeadamente em áreas como a agricultura, topografia e GIS (Sistema de Informação Geográfica), investigação ambiental (trabalhamos com uma Faculdade na parte de investigação marítima), construção e mineração. Damos acompanhamento aos clientes, analisamos as mudanças que possam ocorrer e por fim, decorre a validação.

Considera que o futuro passará por este tipo de soluções com recurso aos drones? Quais são as grandes vantagens?
Acredito que nos próximos dois anos vão decorrer muitas alterações e que vai haver muita aplicação deste tipo de drones.
A grande vantagem na utilização de drones é os dados que temos para fazer reports. São dados que não ficam perdidos e historicamente ficam bem catalogados. Permite uma grande precisão em termos de dados e também uma grande capacidade de análise.

Ainda há um longo caminho a percorrer no que diz respeito aos drones. Qual será a próxima conquista?
Nos tempos, na sociedade e na economia em que vivemos, há muita transição digital, não só nos drones mas em tudo o que seja tecnologia. Seria interessante haver desenvolvimento, em Portugal, destas áreas de transição de desenvolvimento tecnológico. A minha ideia sempre foi potenciar a criação de produto e é um objetivo futuro ter uma produção na área de inteligência aérea.