“Projetos arquitetónicos exclusivos para cada cliente”

Localizada em Lisboa, a MA.TERIA. ARCH conta com 18 anos de experiência em arquitetura e em todas as fases de projeto. O fundador, Miguel Alves, foi nosso entrevistado nesta edição onde ficamos a conhecer os projetos mais desafiantes, as escolhas dos investidores e ainda os objetivos para o futuro.

Fale-nos do seu percurso profissional até chegar à criação da MA.TERIA. ARCH.
Acabei a faculdade em 2004 e fui estudar para fora. Dividi o período de estágio em várias partes, porque o meu objetivo era perceber como é que trabalhava e como era a nossa atividade em França, Espanha e Portugal. Escolhi várias dimensões de atelier: um pequeno, um médio e um grande para tentar perceber como é que as coisas se desenvolviam. Depois trabalhei cá em alguns ateliers de outros arquitetos.
A certa altura, com outros sócios, decidimos criar um atelier. Correu muito bem e sempre tivemos muito trabalho. Posteriormente, cada um, tinha uma visão mais particular das suas ideias/objetivos e então dividimo-nos. A MA.TERIA existe desde 2019 mas em termos de atividade comecei em 2004.

Quais são os locais onde desenvolvem mais projetos?
Já fizemos vários projetos de reabilitação em Lisboa, Cascais e Estoril. Começamos a ver que há muito mais interesse perto das cidades grandes, mas um pouco mais longe. Temos tido muito trabalho em Santarém, Torres Vedras, Alcácer do Sal, Comporta, Grândola, Melides, Mafra e Algarve também. Desta forma, acabamos por vender a imagem de Portugal como um país moderno, europeu, tranquilo e muito seguro.
Em qualquer uma destas localizações, temos como objetivo acompanhar o cliente em todo o processo, desde o início até ao fim.

Que tipo de parcerias estabeleceram para proporcionar ao cliente projetos chave na mão?
Temos parcerias com engenheiros externos com quem trabalhamos muito regularmente. Trabalhamos em equipa e fazemos sempre reuniões em conjunto. Também temos pessoas que nos ajudam na modelação de 3D, imagens, maquetes, ou seja, tudo o que seja uma solução para chegar ao cliente. O nosso objetivo é esse, sermos o mais abrangentes possíveis, seja de um projeto pequeno ou de um projeto grande, habitação, comércio, retalho, escritório. Temos de arranjar solução para qualquer problema ou desafio.
Outro ponto que é muito importante é que tentamos falar o máximo possível a língua do cliente para chegar até ele mais facilmente. Temos uma parceria em Moçambique, país onde cresci. O objetivo com esta parceria é explorar o mercado e potenciar projetos cá e lá.

Como vê a evolução do mercado e que objetivos estão definidos para daqui a dois/três anos?
Sempre tivemos muito trabalho e em crescente. Neste momento temos várias vertentes que gostávamos de avançar. Uma delas é a arquitetura em geral, seja pequena, média ou grande e fazer a arquitetura o melhor possível para os nossos clientes. Os nossos projetos são diferentes, porque cada cliente é diferente e tem o projeto feito à sua medida. Um dos nossos objetivos é fazer a melhor arquitetura possível para os nossos clientes, seja agora ou no futuro.
Os nossos objetivos daqui a dois/três anos passam por encontrarmos o máximo de projetos desafiantes. É importante diversificar em termos de clientes, pois temos muitos clientes estrangeiros mas gostávamos de abarcar outros mercados, como por exemplo o asiático.
Em termos de projeto, recebemos uma bolsa da UE, através da Erasmus+, na vertente de construção sustentável – Projeto SUBA. Estamos a fazer um cruzamento de construção sustentável com Portugal, Finlândia, França e Senegal. A ideia é tentar encontrar métodos construtivos que sejam aplicáveis a cada sítio.
Temos participado, com alguns investidores, em projetos chave na mão. Dá-mos o nosso know-how e experiência de arquitetos para um conjunto em que se associam a parte imobiliária, a parte de construção, a parte da arquitetura e encontramos soluções que sejam chave na mão, ou seja, mais simples, mais fáceis para pequenos e médios investidores que queiram fazer coisas mais rápidas. A par disto temos participado em concursos que nos podem trazer resultados em que é possível explorar a criatividade e trabalhar em conjunto com outros arquitetos paisagistas e engenheiros.