Fundada em 1848, a Fábrica de Papel Ponte Redonda, tem instalações no concelho de Espinho, nomeadamente, nas freguesias de Silvalde e Paramos. Desde 1923 é uma empresa familiar (vai na quarta geração) especializada na produção de sacos de papel multi-folhas, com especial incidência nos produtos para alimentação humana e animal e papéis de embalagem reciclados para a indústria em geral.
Com um volume de facturação anual significativo para uma média empresa, esta fábrica portuguesa não produz só para território nacional, onde é um dos nomes mais reconhecidos no sector. Países como: Espanha, França, Bélgica e Suíça, também recebem os produtos com a chancela desta centenária marca.
Trabalho árduo, perseverança e profissionalismo são as bases principais em que assenta a evolução nesta fábrica, um local onde a história da freguesia e da indústria se encontram.
A Ponte Redonda produz sacos de papel multi-folhas e papéis de embalagem de vários tipos. Estes são produtos 100% recicláveis e biodegradáveis. A matéria-prima para a fabricação dos papéis é toda de reciclados e procurando aumentar a percentagem usada nos transformados à semelhança do cartão canelado. A preocupação ecológica é latente e a administração da Fábrica de Papel Ponte Redonda não nega a possibilidade de criar novos produtos em papel substituindo os habituais não biodegradáveis.
“A nossa empresa está aberta a trabalhar com todos os potenciais clientes na procura de novas soluções mais amigas do ambiente”, conta Raul Loureiro no que diz respeito à preocupação ambiental da fábrica. Foi implementada a Certificação PEFC e FSC, bem como a Conformidade Alimentar dos papeis fabricados em Ponte Redonda.
Na Fábrica de Papel Ponte Redonda trabalham 125 funcionários, co-responsáveis pelo desenvolvimento do nome Ponte Redonda ao longo dos anos.
A transformação que existiu nesta empresa, que continua a ter um papel de importância na economia nacional, pode ser vista no espaço museológico dentro das próprias instalações. Aqui vêm escolas e grupos que pretendem reviver os 171 anos da fábrica e das próprias freguesias.
A administração vem investindo, ao longo dos anos, para responder às necessidades dos diferentes clientes que a procuram e pretendem as soluções mais inovadoras no mercado, de uma forma rápida e eficiente.
A dualidade qualidade/ preço é muito valorizada pelos clientes, sendo a diversificação de produtos e a rapidez de entrega factores chave para que esta empresa tenha sobrevivido ao passar dos anos e às sucessivas crises económicas que o país e o mundo enfrentaram.
“A produção está bastante direccionada para nichos de mercado especializados”, explica o responsável pela empresa. Há sacos fabricados para pequenas encomendas com características artesanais que procuramos satisfazer, associando o mecânico ao manual. Desta forma fidelizamos os clientes, porque não somos apenas fornecedores comuns, mas também solucionamos necessidades especiais.
Sobre o futuro da Fábrica de Papel Ponte Redonda, os seus responsáveis pretendem manter as actividades actuais e diversificar mais, principalmente no sector dos papéis. Em relação aos sacos, estamos a lançar uma linha de saquetas, à base de papéis reciclados, usando colas não contaminantes.
Todos os esforços vão no sentido da tão almejada economia circular.
