Uma Instituição de Ensino Superior de referência

Com uma procura acentuada pelos cursos que disponibilizam, a Coimbra Business School | ISCAC tem vindo a traçar um caminho pautado pela confiança e credibilidade. Nesta edição, Pedro Costa, Presidente CBS | ISCAC, abordou temas como a Business Week, o modelo de trabalho pós-pandemia, as parcerias, os pilares da Instituição e ainda os passos a dar no próximo ano letivo. 

Março contou com mais uma edição da Business Week. Que novidades apresentaram nesta 8ª edição?
Os estudantes da Coimbra Business School | ISCAC defenderam que, observando as recomposições no mundo do trabalho que se verificaram um pouco por todo o mundo nos últimos dois anos, o “mix” entre o trabalho presencial e o teletrabalho deverá ser construído dentro de cada empresa, com flexibilidade dos empregadores e dos trabalhadores para encontrarem soluções boas para ambas as partes. 
O tema da Business Week 2022 foi “O Futuro do Trabalho no Pós-Pandemia”: contámos com 73 empresas e organizações, houve mais de 600 convites para estágios e contratações, ficaram agendados contactos futuros e, provavelmente, nascerão projetos empresariais e novos negócios a partir dos contactos feitos naquela semana.

Como acha que o mundo empresarial se deverá organizar no pós-pandemia?
Observámos um grande consenso neste ponto: os modelos do trabalho no futuro deverão passar pela conjugação dos interesses das empresas e das organizações públicas e privadas, por um lado, e, por outro lado, pela forma como cada trabalhador prefere articular os seus tempos de presença no serviço e em teletrabalho. 
Pela minha parte, entendo que é fundamental que todas as partes envolvidas no processo laboral – trabalhadores, empregadores e o Estado, incluindo o Governo e o Parlamento, as entidades fiscalizadoras e a segurança social – assumam as suas responsabilidades no processo, desde a sua regulamentação às políticas de incentivo. 
Compete às empresas e a outros empregadores construírem estratégias eficientes para que tudo funcione bem e os serviços e produtos produzidos sejam competitivos no mercado: se houve coisa que esta pandemia mostrou foi que o teletrabalho pode contribuir, tanto para o aumento da produtividade das empresas, como para aumentar o bem-estar dos trabalhadores.
Caberá também ao Estado produzir leis que protejam os trabalhadores e contribuir com medidas de apoio, quer para as famílias, quer para as empresas. Isso também ajudará a tornar possível um novo modelo de trabalho com vantagens mútuas.

Numa parceria entre a CBS e o CEIT estão a formar técnicos municipais em marketing territorial. Em que consiste esta parceria e quais são os objetivos práticos desta formação?
O CEIT – Centro Estratégico de Inovação Territorial é uma organização de base científica e tecnológica focada em estratégia, investigação e desenvolvimento de marcas territoriais. A Coimbra Business School | ISCAC tem com o CEIT uma parceria desde 2020 e, no âmbito dela, ambas as instituições avançaram para esta formação de técnicos municipais na área do ‘marketing’ territorial e na gestão da sua marca.
A Coimbra Business School criou também o “Observatório de Branding Territorial”, um laboratório de investigação aplicado ao marketing territorial, cujos resultados esperamos apresentar ainda este ano. No âmbito deste observatório está igualmente a ser concebido um Programa Nacional de Desenvolvimento de Marcas Territoriais, que se pretende uma plataforma para a qualificação dos territórios nos domínios do ‘branding’ e do ‘marketing’ territorial.

Atualmente, quais são os cursos com mais procura?
Como é público, todos os cursos de licenciatura têm procura plena. Há vários anos que a Coimbra Business School | ISCAC esgota todas as vagas oferecidas na primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Há muito poucas escolas de negócios que se possam gabar disso…
Este resultado tem sido acompanhado por uma subida generalizada das notas médias de acesso, o que corresponde também à escolha dos nossos cursos como primeira opção pela grande maioria dos novos alunos. Neste ano letivo 2021/2022 podemos destacar a licenciatura em Gestão de Empresas, cuja nota mínima foi de 15,6 valores, ou a licenciatura em Finanças e Contabilidade, o nosso curso mais recente. Mas, como digo, a procura tem aumentado, em quantidade e qualidade dos estudantes, em todos os cursos.
Para estes resultados contribuiu a elevadíssima empregabilidade dos nossos cursos, que é, igualmente – e, neste caso, a jusante – o reconhecimento da qualidade dos nossos diplomados pelas mais variadas empresas e organizações do país.

De que forma a aposta na qualidade de ensino, a investigação e a inovação científica estão presentes na Coimbra Business School | ISCAC? 
Somos uma escola com 100 anos e, como afirmei em dezembro passado, no dia em que se iniciaram as comemorações do Centenário, somos uma escola norteada pelos valores da Liberdade, da Responsabilidade, da Independência, da Honestidade e da Integridade. O que nos tem distinguido é a defesa intransigente do mérito e de uma verdadeira cultura de meritocracia!
Defendemos os princípios da verdade académica, da integridade científica e do rigor na avaliação! Estes valores são pilares da nossa escola e, num momento de crescimento e de reconhecimento externo da Coimbra Business School como é este que vivemos, estes valores têm de ser inequivocamente afirmados!
Depois de ter sido a primeira escola politécnica do país a criar uma comissão pró-doutoramentos, a Coimbra Business School lançou o CBS Research Centre – Centro de Investigação em Ciências Empresariais da Coimbra Business School, um centro de investigação multidisciplinar focado nas ciências empresariais e na investigação científica aplicada às necessidades da sociedade.
Será com o CBS Research Center, e com a aposta na investigação e na inovação científica que ele representa, que nos queremos consolidar como instituição de ensino superior de referência. Será com o novo centro que iremos aproximar a investigação científica multidisciplinar das organizações públicas e privadas, estreitando parcerias com outras unidades de investigação nacionais e internacionais.

Quais são as expectativas para o próximo ano letivo?
A primeira expectativa é que se confirme como um ano letivo sem a sombra negra da Covid-19!
Do ponto de vista técnico-científico, será também um ano crucial para a escola tornar as questões do “big data” e da cibersegurança, centrais no ensino das ciências empresariais. 
As sociedades modernas estão cada vez mais interligadas e globais, são cada vez mais dependentes do bom funcionamento dos sistemas informáticos. A confiança nos sistemas digitais desempenha um papel absolutamente central nas atividades diárias das sociedades modernas, nas suas economias, nos seus governos e nos sistemas internacionais.
Em Portugal e no mundo sucedem-se os ataques informáticos, os quais, para além dos prejuízos económicos diretos, que ascendem a milhões de milhões de euros anuais, devem alertar-nos para as debilidades estruturais do sistema digital global. Esta é já uma questão absolutamente central para a gestão das organizações – e, ao longo da década 2020-2030 tenderá a ser cada vez mais importante a cada ano que passar.
É fundamental que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) promova no nosso país um maior nível de segurança dos sistemas informáticos nas organizações, independentemente da sua dimensão e do seu tipo. Tenho afirmado em diversos fóruns que este desafio não é só do Estado: é um desafio para toda a sociedade, a começar pelas empresas e por unidades especializadas em conhecimento e tecnologia como são as instituições de ensino superior.