Valorização dos altos padrões técnicos

A Pi-Turn é uma consultora especialista na melhoria, inovação e reengenharia de negócios e indústrias que envolvem organizações com operações, estruturas e recursos complexos. Tendo por mote que Perfection is the enemy of improvement, tem como objetivo alcançar ecossistemas corporativos eficientes com lucros financeiros sustentáveis e de longo prazo, sem sacrificar os padrões éticos. Paulo Fernandes, CEO da Pi-Turn, realça a importância de ter uma equipe de recursos humanos eficiente e competente e motivada, essencial para o sucesso Empresarial e o Crescimento Financeiro.

A Pi-Turn resulta de um percurso profissional bastante qualificado por parte do seu fundador. Fale-nos mais sobre esse percurso até conquistar a atual Pi-Turn.
Eu iniciei o meu percurso profissional como oficial contratado do Exército no Comando da Logística. Chefiei a secção de fardamento e material. Estive como oficial contratado durante oito anos tendo elaborado vários projetos interessantes que foram desenvolvidos na ótica de conseguirmos uma poupança orçamental e respetiva evolução dos fardamentos/equipamentos em uso. Quando concluí a minha licenciatura em Engenharia Mecânica e, após a conclusão dos respetivos projetos resolvi sair.

Entretanto entrei na área automóvel e estive durante quatro anos num importador no departamento do comportamento do produto / assistência técnica Pós-venda, ou seja, na área de Garantias, Homologações, Campanhas Técnicas, Literatura Técnica, Ferramenta Específica iniciando a minha carreira no ramo automóvel.

Ao fim de quatro anos achei que tinha de abraçar novos desafios e entrei na JMAC- Japanese Managment Association Consultants. Com os meus mentores, redesenhamos um projeto para um cliente Europeu de melhoria contínua nos concessionários do ramo automóvel. Iniciámos a implementação em alguns mercados a nível europeu começando eu o projeto em Portugal, mais precisamente Évora, e com sucesso. No entanto, e como em todos os processos, vamos conhecendo a melhor forma de apreender as melhores práticas e pelas Lessons-Learned melhorar futuras implementações. O conceito de implementação muito focado no passo a passo, que resulta, demora algum tempo a ter o retorno pretendido. Na altura, achei que a mudança teria de ser um pouco mais radical e fui criando artifícios e formas de interagir com as equipas em que colocava todos a trabalharem em conjunto no projeto, o que fez com que o ganho fosse muito mais rápido. Isto levou a que começasse a fazer consultoria em mercados como Inglaterra, Holanda, Bélgica, Espanha, Itália, Alemanha e Portugal. Posteriormente, a JMAC sugeriu abrirmos as nossas próprias empresas e aí nasceu a Pi-Turn. O “PI” de 3.14, ou seja, o número infinito sempre a rodar. Também criei, juntamente com dois colegas, o que chamo de BRT – Business Reengineering and Transformation, desenvolvido para grupos em larga escala, mas que também pode ser aplicado a qualquer organização onde se consegue atingir a verdadeira economia de escala. O primeiro teste foi feito em 2014 com um grupo holandês com 23 operações todas executadas ao mesmo tempo.

Houve uma redução de cerca de 70% de dias de consultoria com inversão do negócio, da mentalidade dos recursos e obtenção de lucros significados, o que é ótimo para o cliente. BRT é Melhor, Mais Rápido e Mais Barato. da mentalidade dos recursos e obtenção de lucros significados, o que é ótimo para o cliente. BRT é Melhor, Mais Rápido e Mais Barato.

A aplicação dos conceitos e melhorias são desenhadas em conjunto Effciency-by-Design e orientadas pelo consultor de acordo com o – management – para evitar conflitos e extrair todas as mais-valias da operação.

Que valências estão incluídas nos vossos serviços de consultoria?
Existem vários processos e algumas fases obrigatórias para validar a sintonia com o cliente porque necessariamente é taylormade, mas fazemos, por exemplo, coaching aos decisores de topo: diretores gerais, financeiros, operacionais (de como podem melhorar o negócio) porque a transformação inicia-se no topo. Os números têm uma importância indiscutível, mas têm uma relação intrínseca com a parte operacional. Criamos vários sistemas de controlo, por exemplo um sistema de reuniões com o CEO em que o mesmo só necessita de estar “oito horas” por mês disponível para o negócio; normalmente tem outras atividades correlacionadas à função. Outro sistema tem a ver com o que aprendemos; por experiência nenhum lucro empresarial é duradouro se as medidas não forem implementadas de forma sustentável e eticamente corretas. Todos os recursos participam na melhoria e acreditamos que as Ground-People, como pilar das empresas, são os ativos mais valiosos necessários para compreender o que pode ser melhorado e como o executar. Numa das formações iniciais que dou, apelidada de ready for change, costumo perguntar se os colaboradores se conhecem pessoalmente e mais de 50% não se conhece apesar de trabalharem juntos, por vezes, há dezenas de anos. Com ferramentas digitais, o fortalecimento da equipa fará crescer um grupo de colaboradores com respeito mútuo e a trabalhar em conjunto. Delegamos, transferimos, alteramos, adaptamos e criamos competências e responsabilidades das equipas In-House com diferentes aptidões para sustentar e perseguir diariamente a constantemente melhoria contínua de todas as operações do negócio, de forma a focarem-se numa missão comum e partilhada orientados para a visão da empresa

Na consultoria empresarial trabalham com diversas ferramentas. Quais são as principais ferramentas que não dispensam?
Transferimos a competência do produto criando ferramentas taylormade feitas à medida do cliente, porque todos os projetos são personalizados. As ferramentas disponíveis para Operações, Finanças, RH e Gestão são fundamentais para a Pi-Turn ao nível da consultoria. Uma das coisas que a Pi-Turn faz é pensar “fora da caixa”. Nós não temos de inventar a roda, pois ela já existe. Temos de colocá-la a andar mais depressa para ter o rendimento necessário.

Apesar de trabalharem com vários mercados, qual é o que mais se destaca nos últimos anos?
Os meus últimos anos de trabalho, 85% têm sido na Holanda que é um mercado que não sofre de crise financeira com reais ajudas à economia e com pleno emprego. É um mercado, que culturalmente, quando vê vantagens nas propostas de melhoria e eventuais up-grades que vamos fazendo. Não há risco, ou seja, testam e investem. A Pi-TURN tem resultados positivos comprovados em diversos ambientes corporativos na Europa; prevemos resultados tangíveis e definimos metas realistas e, desfrutando de uma taxa de ROI (Retorno sobre o investimento) de 99,8% dos resultados devidamente documentados. Quando investem veem o sucesso e investem mais, o que cria uma relação de confiança com os players e torna mais fácil a implementação e a sustentabilidade da mesma.

Como se resolvem os problemas de comunicação dentro de uma empresa?
A comunicação não é diálogo, mas sim real entendimento entre interlocutores. A comunicação, de per si, está ligada normalmente aos recursos humanos, mas também à própria organização nos steps para conseguir chegar ao cliente final. Essa otimização é avaliada no estudo da avaliação inicial. Essa avaliação inicial dar-nos-á o status atual, do que está a ser feito, sem críticas, porque se estão a laborar é porque estão a fazer algo positivo de certeza. É também verificar a parte financeira, operacional, logística, armazém, recursos humanos, ou seja, tudo o que está ligado ao corporate da empresa que necessita de IM-Information Management dos processos/sistemas. Para criar o Business Case, ou seja, para onde podemos e queremos ir a ligação de todos estes elementos é essencial pois deve-se ter uma visão global e não sectária pois todos são “as rodas dentadas” que fazem a empresa funcionar. Não introduzimos 300 indicadores de negócio, mas sim os indicadores necessários para conseguir controlar o negócio, a que eu chamo dos “Sete Magníficos”. Se estivermos focados em sete indicadores, existem ações reais com o necessário acompanhamento para a melhoria e, quando estiverem no nível que queremos, podemos introduzir outros.

Assim, o dinamismo é essencial neste negócio. Evoluímos e a seguir pensamos qual o próximo passo a dar. Não há crescimento infinito, há crescimento sustentado. O importante é que haja evolução.

Ter uma equipa motivada é meio caminho para o sucesso do negócio. Qual o papel que a Pi-Turn tem para manter este espírito com os seus consultores?
Do meu ponto de vista, é essencial manter os funcionários motivados. A verdadeira envolvência nas soluções de melhoria e a real transformação de métodos e rotinas para um trabalho Smarter not Harder. Quero que eles sintam que estão a fazer algo para a empresa e para benefício próprio. Para isso, também introduzimos/sugerimos prémios de produtividade e com isso tem de haver um retorno. Assim, conseguimos fazer com que a evolução seja ainda maior e mais rápida.

A consultoria, nas mais diversas áreas de negócio, deve ser pensada para cada cliente. Nesse sentido, como funciona cada projeto na Pi-Turn?
Aqui, cada projeto é sempre feito à medida do cliente. Dizemos sempre que não existem dois projetos iguais. Aplicamos os três P’s: Produto, Pessoa e Processo e obrigatoriamente entendemos a cultura da empresa sabendo qual é a missão e a visão.

Começamos o processo pela avaliação inicial do cliente. Isto é aplicado não só no ramo automóvel, mas também em qualquer sistema produtivo. Aprendemos que em qualquer empresa, independentemente do tamanho ou do ramo de atividade, existem duas questões principais que exigem aperfeiçoamento constante: a organização da própria empresa e a comunicação dentro da empresa. Se resolvermos 50% dessas duas questões, teremos um potencial crescimento de 50%!

É importante sublinhar que entramos na operação de qualquer negócio e a partir daí desenhamos a solução para cada cliente. A nossa aproximação ao negócio é partir da teoria, demonstração de que é possível obter os resultados, pôr as pessoas a fazer, acompanhamento da evolução e melhoria contínua. É desta forma que podemos afirmar que a valorização dos altos padrões éticos e a confidencialidade de dados do cliente são essenciais para a Pi-Turn. O respeito mútuo é muito importante e temos sempre uma perspetiva independente num aporte presencial.