Zome – Não queremos ser a maior rede de mediação imobiliária, mas sim a melhor

Com uma enorme evolução no mercado, a Zome destaca-se pela forma como trabalha o setor imobiliário. O Diretor de Expansão Zome, Miguel Aguiar, conversou com a Revista Qualidade & Inovação sobre o papel primordial da neurociência para a Zome, as mudanças sentidas com a pandemia e ainda a forma como proporcionam a melhor experiência imobiliária a todos os clientes. 

Qual a importância da aplicação de técnicas de neurociência no universo Zome?

A neurociência tem uma importância determinante no universo Zome. Na nossa atividade, sempre tivemos em mente que a mediação imobiliária tem no seu cerne as relações humanas e as pessoas e, para isso, é importante conhecer bem o seu comportamento e processos de tomada de decisão. E, na Zome, sempre quisemos garantir que os nossos clientes têm a melhor experiência imobiliária. Sabemos que todos têm necessidades distintas e valorizam aspetos diferentes e que, sobretudo o último ano, trouxe ainda mais alterações à sua forma de sentir e pensar. E acreditamos que é aqui que a neurociência pode e deve ter um papel essencial. Queremos que os nossos profissionais se preocupem em conhecer aprofundadamente o funcionamento do cérebro e o comportamento humano, no sentido de prestarem o melhor acompanhamento. Através da neurociência, poderemos entender melhor o que está na base da tomada de decisões e o papel fundamental que a parte inconsciente do nosso cérebro tem nesse processo, com o intuito de prestar um serviço mais direto, personalizado, eficaz e eficiente e, dessa forma, maior simplicidade de processos e mais felicidade.

Além disso, a aplicação da neurociência na atividade das empresas pode e deve também ser canalizada para a atenção aos colaboradores, no sentido de lhes proporcionar produtos, serviços, espaços, ferramentas de trabalho e formação que sirva de forma adequada os seus interesses, necessidades e propósito. 

De que forma procuram proporcionar a melhor experiência imobiliária ao cliente?

A Zome nasceu para proporcionar a melhor experiência imobiliária do mundo e, dessa forma, ajudar a mudar vidas. Procuramos fazê-lo proporcionando aos clientes um acompanhamento personalizado, eficaz e eficiente, bem como simplicidade de processos. Como referido antes. Para isso, contamos com a neurociência e aplicação do conhecimento que ela nos garante nos diversos processos. 

A Zome tem uma forma de ser e de estar diferente no setor imobiliário. Não queremos ser a maior rede de mediação imobiliária, mas sim a melhor. Colocamos em prática uma filosofia de acompanhamento permanente aos nossos colaboradores porque acreditamos que é isso que contribui para o seu desenvolvimento pessoal e também para o desenvolvimento deste setor que é determinante para a economia portuguesa. Além disso, apostamos permanentemente na inovação e na tecnologia para enfrentar os desafios que nos surgem. Estamos focados em melhorar continuamente os nossos níveis de serviço e em garantir que as necessidades dos clientes são atendidas. Foi por isso que, no ano passado, lançámos o Zome Now. Esta era uma plataforma que já estávamos a preparar, mas que acabámos por lançar em abril do ano passado. E esta é uma ferramenta extremamente relevante não só para a Zome, mas para todo o setor. E demonstra como é possível realizar uma transação imobiliária de forma 100% digital.

O que mudou na Zome com a nova realidade que vivemos? Exigiu mais criatividade?

A realidade que vivemos desde março do ano passado relacionada com a pandemia da Covid-19 trouxe mudanças para todos, a vários níveis, e a uma escala mundial. Na Zome, felizmente, temos uma cultura de flexibilidade e resiliência que nos permitiu reagir rapidamente ao contexto e dar a volta aos períodos mais complicados. Mais do que nunca a capacidade de gerir pessoas esteve em foco e foi uma competência amplamente necessária. Permitiu, no nosso caso, manter o espírito da equipa que passou de estar concentrada num escritório para estar espalhada por dezenas ou centenas de escritórios. E, por isso, neste ano, acabámos por estar mais próximos do que nunca. Quisemos mostrar a todos os nossos colaboradores que estamos com eles, seja qual for o contexto e a situação que enfrentam, que valorizamos o compromisso profissional que mantemos com eles e que nos preocupamos com o seu bem-estar. 

Foi por isso que, entre outros aspetos, continuámos a apostar na formação, ainda que em modos distintos daqueles a que assistíamos antes da pandemia. Preparámos vários momentos de formação ao longo dos últimos meses para os nossos colaboradores. Organizámos, por exemplo, formação em neurociência aplicada, com base na metodologia do NeuromapTM, da Salesbrain, com o objetivo de aumentar o conhecimento em torno do funcionamento do cérebro humano, que como falámos antes, é um tema central na nossa atividade.

Além disso, e ainda ao nível de iniciativas de valorização profissional, lançámos um modelo único de evolução de carreira, um modelo exclusivo da Zome – o T4 – que foi construído para reforçar as competências dos consultores da empresa e fazer com que todos possam vir a desenvolver competências de gestão e liderança. 

Que mais valias trouxe a criação da plataforma Zome Now?

Este foi também um marco importante da nossa atividade no ano passado. A Zome Now já estava a ser preparada antes da pandemia da Covid-19, mas acabou por ser lançada em abril do ano passado, pouco tempo depois de entrarmos em confinamento. E acabou por ser a grande iniciativa do setor, neste período. Isto porque já estavam disponíveis muitas ferramentas, como as visitas virtuais, que não tinham muita adesão, mas acabaram por ser a alternativa que se impunha no contexto de distanciamento social. Mas esta plataforma da Zome acabou por permitir que, por exemplo, seja possível comprar a casa dos nossos sonhos sentados no sofá, executando todo o processo de compra ou venda do imóvel através do computador ou do smartphone. Ou seja, uma transação imobiliária passou a poder ser totalmente digital, de uma ponta à outra, desde a colocação do imóvel no mercado, às reuniões, à assinatura digital do contrato de mediação imobiliária e à reserva do imóvel.  

Fechados em casa, com grande parte da atividade económica condicionada, no ano passado, percebemos como era fundamental para as empresas encetar todos os esforços para que os negócios não parassem. Foi isso que fizemos com o Zome Now e esta plataforma passou a permitir que, em Portugal, existisse uma experiência imobiliária 100% digital. E, mesmo nos períodos de maiores restrições, permitiu que a atividade imobiliária não parasse completamente.

Este avanço que faz com que Portugal assuma uma posição pioneira a nível mundial, ao proporcionar condições 100% digitais para a concretização de negócios imobiliários. E esta inovação tem conseguido uma boa recetividade no mercado. 

Quais são os planos traçados a curto/médio prazo?

A Zome é uma empresa 100% portuguesa que nasceu em 2019, mas tem vindo a registar um enorme crescimento e reconhecimento. O último ano sobretudo, apesar de atípico, permitiu um reforço na confiança da marca e isso traduziu-se em crescimento nos indicadores de negócio. 

Em 2020, a Zome mediou 4.500 transações, gerando um volume de negócios superior a 18 milhões de euros. E, nos primeiros seis meses deste ano, a empresa mediou um volume de negócios de 308,1 milhões de euros. Um valor que representa um aumento de 29% face ao mesmo período do ano passado. Neste período, foram concretizadas 2.615 transações, que originaram uma faturação de 10,5 milhões de euros, fruto de um aumento de quase 50% da produtividade individual dos consultores, o que demonstra o esforço coletivo da equipa que constitui a Zome. 

Estamos totalmente focados em continuar a crescer, em aumentar a nossa presença em Portugal e também no mercado espanhol, atraindo novos franchisados. A nossa ambição não tem limites, queremos chegar longe e a cada vez mais pessoas. Sabemos que temos uma posição diferenciadora no mercado e isso reflete-se não só nos indicadores de negócio, mas também na dimensão da nossa equipa: a empresa tem atualmente mais de 1.200 colaboradores, repartidos em 25 hubs ibéricos. Destes, 23 hubs estavam em funcionamento em Portugal, o que compara com os 15 de igual período do ano passado, e a empresa está a preparar a abertura de mais três hubs nos próximos meses. 

Estamos no bom caminho para atingir os objetivos definidos de 27 milhões de euros de faturação, 52 hubs a nível ibérico e cerca de 1.500 colaboradores, no final deste ano.